Doenças de A a Z
Em ordem alfabética, saiba quais são os principais problemas que acontecem tanto em cães quanto gatos. Clique na doença para saber mais informações.
ALERGIAS
CINOMOSE
CONVULSÃO
CORAÇÃO
DIABETE
DOENÇAS OFTALMOLÓGICAS
HIPERTENSÃO
HIPOTIREOIDISMO
LEISHMONIOSE
OBESIDADE
CINOMOSE
CONVULSÃO
CORAÇÃO
DIABETE
DOENÇAS OFTALMOLÓGICAS
HIPERTENSÃO
HIPOTIREOIDISMO
LEISHMONIOSE
OBESIDADE
Cachorro também tem alergia
Muita coceira e vermelhidão na pele atazanam a vida de cães e gatos alérgicos e os pêlos ainda podem cair. Não há cura, só controle. Mas é preciso conhecer as causas.
Os veterinários são unânimes: essa é a queixa campeã nos consultórios. As substâncias que irritam os bichos de estimação são, no fundo, as mesmas que disparam a alergia em seres humanos, diz a veterinária Tânia Parra, professora da Universidade Metodista de São Paulo, em São Bernardo do Campo, no Grande ABC.
Dermatite alérgica a picada de pulga (dapp)
Equivale à nossa alergia a picada de insetos só que, nos bichos, a pulga é sempre a maior culpada.
Sintomas: quando uma proteína da saliva do inseto cai na circulação do animal, o organismo reage para combatê-la. Surge a coceira intensa e, em conseqüência, lesões que enfraquecem e derrubam os pêlos. No cão, a região mais afetada é aquela próxima à cauda. No gato, o pescoço é o alvo preferido.
Tratamento: extermine as pulgas e cuide dos ferimentos com medicamentos específicos, receitados pelo especialista.
Sintomas: quando uma proteína da saliva do inseto cai na circulação do animal, o organismo reage para combatê-la. Surge a coceira intensa e, em conseqüência, lesões que enfraquecem e derrubam os pêlos. No cão, a região mais afetada é aquela próxima à cauda. No gato, o pescoço é o alvo preferido.
Tratamento: extermine as pulgas e cuide dos ferimentos com medicamentos específicos, receitados pelo especialista.
Dermatite atópica nos animais
Por trás dela, podem existir os mais diversos agentes: pólen, perfume (usado depois do banho em pet shops ou até mesmo o do dono), ácaro, mofo, fumaça de cigarro, produtos de limpeza, lã, remédios, plástico, e por aí vai. É comum no cachorro e bem rara no felino.
Sintomas: muita coceira, vermelhidão e descamação na pele, com lesões provocadas pelas unhas do bicho.
Tratamento: a saída é ficar de olho no ambiente em que o animal vive para afastar a causa. Se você não identifica a razão do coça-coça, pode recorrer a um exame de sangue que, diga-se, é caro e não apresenta resultados precisos. O material é colhido no consultório e analisado nos Estados Unidos. As feridas são tratadas com xampus especiais e medicamentos.
Alergia alimentar em animais
Sintomas: muita coceira, vermelhidão e descamação na pele, com lesões provocadas pelas unhas do bicho.
Tratamento: a saída é ficar de olho no ambiente em que o animal vive para afastar a causa. Se você não identifica a razão do coça-coça, pode recorrer a um exame de sangue que, diga-se, é caro e não apresenta resultados precisos. O material é colhido no consultório e analisado nos Estados Unidos. As feridas são tratadas com xampus especiais e medicamentos.
Alergia alimentar em animais
Os cães são as principais vítimas. Aditivos, conservantes e outras substâncias químicas usadas em rações industrializadas são os vilões. Mas, para alguns animais, as reações são disparadas pelas proteínas da carne bovina.
Sintomas: são idênticos aos da alergia atópica.
Tratamento: substitua a ração de sempre por fórmulas especiais. Só que isso nem sempre surte efeito, avisa o veterinário Marcos Fernandes, de São Paulo. Por isso, às vezes eu recomendo refeições caseiras aos bichos muito alérgicos, como arroz ou batata cozida, peito de frango desfiado e um legume, que pode ser chuchu ou abobrinha.
Sintomas: são idênticos aos da alergia atópica.
Tratamento: substitua a ração de sempre por fórmulas especiais. Só que isso nem sempre surte efeito, avisa o veterinário Marcos Fernandes, de São Paulo. Por isso, às vezes eu recomendo refeições caseiras aos bichos muito alérgicos, como arroz ou batata cozida, peito de frango desfiado e um legume, que pode ser chuchu ou abobrinha.
Alergia em animais tratada com homeopatia
Já existem medicamentos homeopáticos para as lesões decorrentes de alergias em animais. Além de não provocarem reações indesejadas, custam 70% menos do que remédios alopáticos e podem ser dissolvidos facilmente na água ou no alimento, garante o veterinário Marcos Fernandes. Ele ressalta que o agravamento de alguns quadros após o início do tratamento faz parte do processo terapêutico da homeopatia e não significa que a droga seja ineficaz ou nociva. Para encontrar um especialista nessa área, você pode ligar para a Associação Médica Brasileira de Veterinários Homeopatas.
Todo cuidado com a cinomose é pouco
Ela é uma doença contagiosa grave. Tão grave que pode levar o cão à morte. Ainda bem que dá para prevenir
por Adriana Toledo | design Eder Redder
O vilão da história é um vírus transmitido pelo ar ou por meio de secreções de outro animal infectado. Como ele adora ambientes frios, costuma atacar no inverno. Uma vez instalado no organismo, fica lá, bem quieto, de cinco a sete dias, à espreita do momento certo para entrar em ação. E aí, implacável, provoca danos gastrointestinais, respiratórios e neurológicos. Os alvos preferidos desse inimigo sorrateiro são o estômago, o intestino, as vias respiratórias, os olhos, o cérebro e a pele. E as principais vítimas são os filhotes, embora os adultos não estejam completamente a salvo (veja infográfico abaixo).
"Tosse, diarréia, febre, falta de apetite e secreção amarelada nos olhos e no nariz são os sinais mais comuns", alerta a veterinária Mitika Hagiwara, da Universidade de São Paulo. "Quando a doença evolui e chega ao cérebro, podem ocorrer convulsões e até paralisia." Em geral o diagnóstico é feito no consultório. "Quando paira a dúvida, um exame de sangue resolve", diz Paulo Sérgio Salzo, veterinário especialista doenças infectocontagiosas da Universidade Metodista de São Paulo.
O pior é que não há um medicamento específico para combater o microorganismo. "O tratamento é à base de antibióticos para evitar outras infecções oportunistas, colírios, antiinflamatórios, vitaminas, corticóides e anticonvulsivos, mas ele apenas aplaca os sintomas, evita suas conseqüências e melhora a resistência do animal", explica Luciana Moro, veterinária especialista em patologia da Universidade Federal de Minas Gerais.
Aí se vê como a vacina é fundamental. "A maior parte dos cães contaminados e não imunizados acaba morrendo", avisa o veterinário Vikram Misra, líder do departamento de microbiologia da Faculdade de Medicina Veterinária do Oeste, em Saskatoon, no Canadá. Os animais que se salvam, claro, adquirem imunidade, mas a intensidade e a evolução da doença são imprevisíveis.
Convulsão em cachorros: como agir
A convulsão pode acusar muitas doenças, e não só epilepsia, em seu cachorro. Nessa hora de tanto tremor, que não é brinquedo, veja como agir
por Elaine Moraes
ilustração Eder Redder
Para alguns bichos, não precisa muito para o cérebro entrar em pane. Basta um susto provocado por rojões, trovões ou uma superagitação dentro de casa para que o animal sofra uma intensa descarga elétrica na massa cinzenta. Daí, começa a tremer, salivar e se comportar de maneira assustadora aos olhos do dono. Essa é a descrição de uma crise convulsiva.
Por trás da reação, há uma série de causas — um trauma na cabeça, uma intoxicação por produto químico, a falta de glicose no sangue, mais frequente em filhotes e cães diabéticos, ou ainda um tumor cerebral ou uma doença congênita como a epilepsia. "O pior é que não há jeito de prever uma crise, porque não há exames que detectam isso antecipadamente", diz o veterinário Paulo Salzo, da Universidade Metodista, em São Paulo. Se acontecer na sua casa, a dica é: assim que o animal parar de convulsionar — e uma baita convulsão dura no máximo cinco minutos —, leve-o ao especialista para investigar o que causou o curto-circuito cerebral. Lembre-se de relatar se o bicho comeu algo diferente, se ingeriu algum produto químico, se levou um tombo... Toda informação é preciosa.
Raças como pastor alemão, poodle, labrador, pit bull e husk siberiano têm maior predisposição à epilepsia. Para ajudar no diagnóstico, vale tentar ver se os pais do seu cachorro não eram epiléticos, já que a doença é hereditária. Descartada essa hipótese específica, a crise pode alertar para outros males. E, aí, vários exames são necessários. Os de sangue, por exemplo, podem acusar uma hipoglicemia.
"Seja qual for a causa, o tratamento desse transtorno tem que começar pelo uso de anticonvulsivantes, remédios que irão normalizar as ondas cerebrais e que existem na forma de comprimidos, xaropes ou gotas. A escolha, no caso, dependerá da aceitação do animal", explica o veterinário Marcelo Quinzani, do Hospital Veterinário Pet Care, em São Paulo.
Se for constatada a epilepsia, o tratamento anticonvulsivante seguirá para o restante da vida. Se for descoberta a hipoglicemia, o remédio deverá ser associado a outro para manter as taxas de açúcar na circulação em ordem e evitar novas convulsões.
"De qualquer maneira, a supervisão de um profissional deverá ser intensificada", alerta Salzo. Recomenda-se levar o cachorro que já convulsionou para uma consulta a cada seis meses. Em cada visita, o profissional irá reavaliar a dosagem do anticonvulsivante no caso da epilepsia, por exemplo. Sem contar que, com o passar dos anos, sujeito à medicação diária, o bicho pode ter efeitos colaterais como aumento de peso e problemas no fígado — e o veterinário estará de olho nisso.
Por trás da reação, há uma série de causas — um trauma na cabeça, uma intoxicação por produto químico, a falta de glicose no sangue, mais frequente em filhotes e cães diabéticos, ou ainda um tumor cerebral ou uma doença congênita como a epilepsia. "O pior é que não há jeito de prever uma crise, porque não há exames que detectam isso antecipadamente", diz o veterinário Paulo Salzo, da Universidade Metodista, em São Paulo. Se acontecer na sua casa, a dica é: assim que o animal parar de convulsionar — e uma baita convulsão dura no máximo cinco minutos —, leve-o ao especialista para investigar o que causou o curto-circuito cerebral. Lembre-se de relatar se o bicho comeu algo diferente, se ingeriu algum produto químico, se levou um tombo... Toda informação é preciosa.
Raças como pastor alemão, poodle, labrador, pit bull e husk siberiano têm maior predisposição à epilepsia. Para ajudar no diagnóstico, vale tentar ver se os pais do seu cachorro não eram epiléticos, já que a doença é hereditária. Descartada essa hipótese específica, a crise pode alertar para outros males. E, aí, vários exames são necessários. Os de sangue, por exemplo, podem acusar uma hipoglicemia.
"Seja qual for a causa, o tratamento desse transtorno tem que começar pelo uso de anticonvulsivantes, remédios que irão normalizar as ondas cerebrais e que existem na forma de comprimidos, xaropes ou gotas. A escolha, no caso, dependerá da aceitação do animal", explica o veterinário Marcelo Quinzani, do Hospital Veterinário Pet Care, em São Paulo.
Se for constatada a epilepsia, o tratamento anticonvulsivante seguirá para o restante da vida. Se for descoberta a hipoglicemia, o remédio deverá ser associado a outro para manter as taxas de açúcar na circulação em ordem e evitar novas convulsões.
"De qualquer maneira, a supervisão de um profissional deverá ser intensificada", alerta Salzo. Recomenda-se levar o cachorro que já convulsionou para uma consulta a cada seis meses. Em cada visita, o profissional irá reavaliar a dosagem do anticonvulsivante no caso da epilepsia, por exemplo. Sem contar que, com o passar dos anos, sujeito à medicação diária, o bicho pode ter efeitos colaterais como aumento de peso e problemas no fígado — e o veterinário estará de olho nisso.
Cachorro vermifugado, coração saudável
A picada de um simples pernilongo transmite vermes que põem em perigo a saúde cardíaca dos cães
Por Elaine Moraes
Design: Bruna Foltran
Quem diria que um parasita microscópico, liberado por uma espécie de mosquito, provocaria muito mais do que coceiras irritantes. De inofensivas, as larvas transmitidas por insetos não têm nada. Elas são capazes até de enfraquecer o coração do animal. E a partir daí o círculo não é nada virtuoso — o seu bicho poderá ser picado por outro pernilongo, que, por sua vez, passará o problema para o pet do vizinho.
Uma dessas larvas é bem ardilosa. "A Dirofilaria immitis é transmitida por pernilongos comuns dos gêneros Culex e Aedes, parente do mosquito que transmite a dengue", explica o biólogo Guilherme Abbad Silveira, de Porto Velho, Rondônia. Ela entope a cavidade cardíaca à medida que se prolifera e toma conta do espaço. A população crescente de vermes leva à insuficiência do músculo, dificultando o bombeamento de sangue e provocando uma fadiga sem fim. O cansaço que entrega a moléstia, porém, demora a aparecer. Quando surge, é porque a doença, conhecida como dirofilariose, já avançou um bocado.
Pior é quando o problema passa por um mal exclusivamente cardíaco e ignora-se a verdadeira razão do comprometimento: os vermes que moram ali. "É de extrema importância que o seu cachorro seja avaliado por um profissional de sua confiança se você nota mudanças repentinas no comportamento dele", alerta o veterinário José Manuel Pedreira Mourino, da Clínica Pet Place, em São Paulo (nos complementos da matéria). "Exames de sangue e de ultrassom poderão acusar a presença de vermes e o coração aumentado", acrescenta.
Uma vez instalados no coração, os parasitas não saem mais. Para atenuar o sofrimento do cachorro — ou do gato e do furão, que são outras vítimas da dirofilariose —, a melhor saída é usar um remédio para evitar que a situação se agrave. "Esse tipo de medicamento é relativamente novo. Impede que as larvas cresçam e se reproduzam, piorando o quadro", explica a veterinária Eliane Estephan, da Novartis Saúde Animal, em São Paulo. "Ficam somente as larvas adultas, que podem até acabar morrendo. Só que isso costuma demorar. Daí que o animal precisa ser muito bem acompanhado."
Seu amigo não correrá tanto risco se você se lembrar de algo simples: a vermifugação. "Basta que o pet seja medicado uma vez por mês para ficar imune à doença. Além do mais, protegido, evita que a dirofilariose se alastre em outros animais", defende Eliane. Há várias drogas para vermifugar. Algumas são mastigáveis, mas as mais procuradas são as ampolas, cujo conteúdo é derramado na pele do animal. Ali o princípio ativo é absorvido e se espalha pelo organismo, afastando os temidos pernilongos. A medida é obrigatória antes deviagens para a praia, já que o litoral concentra esses insetos.
Uma dessas larvas é bem ardilosa. "A Dirofilaria immitis é transmitida por pernilongos comuns dos gêneros Culex e Aedes, parente do mosquito que transmite a dengue", explica o biólogo Guilherme Abbad Silveira, de Porto Velho, Rondônia. Ela entope a cavidade cardíaca à medida que se prolifera e toma conta do espaço. A população crescente de vermes leva à insuficiência do músculo, dificultando o bombeamento de sangue e provocando uma fadiga sem fim. O cansaço que entrega a moléstia, porém, demora a aparecer. Quando surge, é porque a doença, conhecida como dirofilariose, já avançou um bocado.
Pior é quando o problema passa por um mal exclusivamente cardíaco e ignora-se a verdadeira razão do comprometimento: os vermes que moram ali. "É de extrema importância que o seu cachorro seja avaliado por um profissional de sua confiança se você nota mudanças repentinas no comportamento dele", alerta o veterinário José Manuel Pedreira Mourino, da Clínica Pet Place, em São Paulo (nos complementos da matéria). "Exames de sangue e de ultrassom poderão acusar a presença de vermes e o coração aumentado", acrescenta.
Uma vez instalados no coração, os parasitas não saem mais. Para atenuar o sofrimento do cachorro — ou do gato e do furão, que são outras vítimas da dirofilariose —, a melhor saída é usar um remédio para evitar que a situação se agrave. "Esse tipo de medicamento é relativamente novo. Impede que as larvas cresçam e se reproduzam, piorando o quadro", explica a veterinária Eliane Estephan, da Novartis Saúde Animal, em São Paulo. "Ficam somente as larvas adultas, que podem até acabar morrendo. Só que isso costuma demorar. Daí que o animal precisa ser muito bem acompanhado."
Seu amigo não correrá tanto risco se você se lembrar de algo simples: a vermifugação. "Basta que o pet seja medicado uma vez por mês para ficar imune à doença. Além do mais, protegido, evita que a dirofilariose se alastre em outros animais", defende Eliane. Há várias drogas para vermifugar. Algumas são mastigáveis, mas as mais procuradas são as ampolas, cujo conteúdo é derramado na pele do animal. Ali o princípio ativo é absorvido e se espalha pelo organismo, afastando os temidos pernilongos. A medida é obrigatória antes deviagens para a praia, já que o litoral concentra esses insetos.
Cachorro com diabete
A labradora que você vê é diabética. O diabete em cachorros é cada vez mais comum nos animais de estimação.
Quando Diana, esta fêmea de labrador, foi diagnosticada com diabete, Elizabete Moraes, sua dona, quase caiu para trás. Nem imaginava. Mas ela ficou desanimada dias a fio e, quando chegou ao hospital, teve de ser internada para estabilizar os níveis de açúcar e diminuir o risco de complicações, relembra. Durante sua estada no Hospital Veterinário Sena Madureira, na capital paulista, Diana passou por um exame capaz de apontar precisamente a dose necessária de insulina para o seu organismo. Sim, para cada cão, uma dose. Passados três anos do susto, tratada com disciplina, ela fica toda serelepe quando alguém pega a guia: Diana já pressente que é a hora da caminhada.
De repente, o pâncreas desacelera a produção de insulina. Então, o organismo do animal deixa de transformar em energia toda a comida da tigela. Parte vira glicose que, sem insulina, fica dando sopa no sangue, fora das células. O bicho até continua devorando tudo o que o dono lhe oferece, mas só faz perder peso, bota a língua pra fora, esbaforido, em qualquer caminhada à toa, não topa nenhuma brincadeira e vive sedento. São esses, aliás, os sinais do diabete nos cachorros, mal que vem se tornando uma das queixas mais freqüentes nas clínicas veterinárias.
No cenário moderno, os cães vivem mais tempo e praticam pouca atividade física. Está aí a justificativa: a idade avançada e o sedentarismo são os dois principais fatores para o aparecimento da doença, explica Paulo Sérgio Salzon, professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Metodista, em São Paulo.
E, segundo ele, há outro motivo para o salto no número de casos:hoje em dia as pessoas têm uma relação mais estreita e cuidadosa com seus animais de estimação. Desse modo, correm ao veterinário quando notam qualquer sinal errado, o que favorece uma maior quantidade de diagnósticos. Talvez, no passado, muitos cães morressem diabéticos sem que os donos fizessem a menor idéia.
É bem provável: esses cachorros viveram mal e morreram precocemente. O diabete causa cegueira, qualquer machucado demora para se fechar, sem contar os estragos, muitas vezes fatais, que a doença faz nos rins e no coração. Complicações assim só são evitadas se o bicho recebe injeções diárias de insulina. As doses devem ser precisas e, a cada três meses, no máximo, precisamos fazer um acompanhamento minucioso do animal, resume o veterinário Mário Marcondes, diretor do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo.
No mais, é cuidar bem da alimentação e estimular o bicho a se mexer todos os dias. Sem mudança nos hábitos, é praticamente impossível controlar o diabete, ressalta Marcondes. Seguindo à risca essas recomendações, seu melhor amigo pode ter uma rotina normal e viver bem e por muito tempo.
Sintomas, raças e tratamento da diabete
>> Sintomas do diabete em cães: sede excessiva, perda de peso, aumento de apetite e cansaçosão os mais evidentes. E, se você nota que aparecem formigas sempre que o bicho urina no quintal, pode apostar que há açúcar ali no líquido. Esse é outro sinal.
>> Raças mais vulneráveis: poodle, dachshund, schnauzer, beagle, golden retriever, labrador, spitz e samoieda o que, atenção, não significa que as demais estejam a salvo. O diabete sempre é uma ameaça aos cães mais velhos, não importa a raça, e às fêmeas com problemas hormonais.
>> Tratamento: doses diárias de insulina, à base de rações dietéticas e, o mais importante, sessões diárias de exercício. No caso das fêmeas, em geral elas são castradas para que seus hormônios não atrapalhem a ação da insulina injetável.
>> Raças mais vulneráveis: poodle, dachshund, schnauzer, beagle, golden retriever, labrador, spitz e samoieda o que, atenção, não significa que as demais estejam a salvo. O diabete sempre é uma ameaça aos cães mais velhos, não importa a raça, e às fêmeas com problemas hormonais.
>> Tratamento: doses diárias de insulina, à base de rações dietéticas e, o mais importante, sessões diárias de exercício. No caso das fêmeas, em geral elas são castradas para que seus hormônios não atrapalhem a ação da insulina injetável.
Doenças oftalmológicas
Ter a visão em dia é essencial para o bem-estar de qualquer bicho. Por isso, os checkups oftalmológicos são imprescindíveis
Procurar lugares com pouca luminosidade, esfregar os olhos com as patas e tê-los lacrimejantes e vermelhos são sinais típicos de animais que convivem com algum tipo de desconforto visual. Diante desses sintomas, não perca tempo e leve seu bicho ao veterinário. Mas, como prevenir é sempre a melhor opção, exames regulares afastam a possibilidade de as doenças oculares tornarem-se graves e mandam o risco da cegueira para longe.
A partir dos 2 meses de idade, os animais já devem passar por essa inspeção. Nessa primeira consulta, o veterinário poderá avaliar se o cachorro ou o gato apresentam, por exemplo, malformação das pálpebras, o que pode favorecer a ocorrência de problemas oftalmológicos. “Já na fase adulta, os checkups devem ser feitos uma vez ao ano”, orienta José Luis Laus, professor da Universidade Estadual Paulista, em Jaboticabal, no interior do estado de São Paulo. “E quando os bichos entram na terceira idade, precisam ir ao veterinário a cada seis meses para saber como anda a visão.”
Durante as visitas de rotina, o especialista investiga se a produção de lágrimas está normal. Alterações nessa função quase sempre representam perigo e estão presentes na maioria das doenças oculares. Em seguida, são realizados testes que avaliam a percepção visual do pet, além do estado das pálpebras e dos cílios. O veterinário também checa a pressão intraocular para averiguar a existência de uveíte e glaucoma (veja o quadro abaixo). Por fim, vêm os exames de fundo de olho. “Com eles, podemos verificar a situação da retina e do cristalino e diagnosticar males como a catarata”, completa Jorge Pereira, veterinário especialista em oftalmologia, do Rio de Janeiro. A catarata, bastante comum nos cachorros, pode estar relacionada a outras doenças, como diabete e hipertensão, que também necessitam de tratamento. Felizmente, em grande parte dos casos uma simples cirurgia dá cabo desse problema de visão.
LEVE A SÉRIO
• Alteração na coloração dos olhos
• Olhos vermelhos e irritados
• Secreção ou lacrimejamento
• Piscadelas frequentes ou o hábito de viver de pálpebras cerradas
• Alteração na coloração dos olhos
• Olhos vermelhos e irritados
• Secreção ou lacrimejamento
• Piscadelas frequentes ou o hábito de viver de pálpebras cerradas
Veja abaixo as doenças oftalmológicas mais comuns em cães e gatos:
CERATITE
O que é: caracterizada por uma inflamação na córnea, sua origem pode ser um trauma, o mau posicionamento dos cílios ou uma fragilidade ocular. Ao notar o comprometimento, leve o animal imediatamente ao oftalmologista.
Tratamento: antibióticos orais ou em forma de colírio, que devem ser administrados, no mínimo, quatro vezes ao dia até a cicatrização. Lembre- se de que o cão não pode coçar o local. Segure as patas dele a caminho do atendimento. “As bactérias das unhas agravam a lesão. Sem contar que, coçando, ele pode perfurar os olhos”, alerta Angélica Safatle, oftalmologista, do Hospital Veterinário, da Universidade de São Paulo.
Raças com maior risco: aquelas com os olhos grandes, como o lhasa, o shi-tsu e o buldogue. Como a região ocular é maior, a lágrima evapora rápido, diminuindo a proteção natural.
GLAUCOMA
O que é: nessa doença, que ainda não tem cura, a pressão intraocular fica elevada. Devagar, vai causando a morte das células do nervo óptico, levando à cegueira. A idade contribui para o aparecimento do problema, que acaba surgindo entre os 4 ou 5 anos dependendo do cachorro.
Tratamento: se descoberta no início, a doença pode ser controlada com a aplicação intravenosa de um diurético que facilita a drenagem do líquido acumulado dentro do globo ocular, ajudando a aliviar a pressão. Além disso, colírios hipotensores deverão ser usados por toda a vida.
Raças com maior risco: cocker, sharpei, basset, basset hound, beagle, samoieda e husky, por uma questão genética.
CATARATA
O que é: outra doença silenciosa que, nos cachorros, chega tanto na juventude como na velhice (acima dos 9 anos). O cristalino, lente interna dos olhos, fica opaco e não deixa que a luz chegue à retina. Por isso, o animal não enxerga.
Tratamento: “A cirurgia é o melhor meio de correção, pois retira o cristalino opaco”, diz Barros.
Raças com maior risco: poodle, cocker, schnauzer, yorkshire e lhasa.
UVEÍTE
Em poucas palavras, é a inflamação da úvea, que compreende a íris, o corpo ciliar e a coroide, membrana que forra a parte posterior do olho. Infecções e traumas também fomentam a uveíte.
INVESTIGAÇÃO A TODA PROVA
O ideal é que, de tempos em tempos, um oftalmologista veterinário examine a estrutura ocular, a produção lacrimal, a medida da pressão intraocular e o fundo dos olhos, onde fica a retina. O primeiro exame deve ser realizado antes dos 2 anos porque assim o dono fica sabendo se o animal tem algum problema que poderá ser passado aos seus filhotes caso ele procrie. A partir dos 10 anos, a frequência dos exames deve ser anual mesmo que não haja sintomas de encrenca.
Hipertensão em cachorros
A hipertensão chega sem aviso prévio aos animais. A novidade é um equipamento médico que facilita a tomada da pressão em cães e gatos.
Quem vê esse cachorro, com essa cara pra lá de alegre, não imagina o apuro pelo qual passou, para grande susto de sua dona. Ele teve uma diarréia daquelas, conta a pedagoga Sandra Jorge Lopes, de São Paulo. No hospital, o check-up revelou: a pressão sangüínea do cãozinho estava nas alturas. Um defeito na válvula mitral do coração disparou o problema, que agora precisa ser controlado com remédios.E o caso de Pongo não tem nada de raro. Pelo contrário. Tanto os cães como os bichanos vira e mexe se tornam vítimas da hipertensão.
Na maioria das vezes ela é conseqüência de enfermidades como insuficiência renal e disfunções na tireóide ou na glândula adrenal, explica o veterinário Wagner Luis Ferreira, professor daUniversidade Estadual Paulista. Mas outros inimigos também deixam as artérias no maior sufoco, obrigando o organismo a bombear sangue com força. A obesidade é um deles. E está aumentado entre os bichos, revela o cardiologista veterinário Mário Marcondes dos Santos, do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo.
Outro vilão é o sedentarismo. Quatro patas que mal se movem trilham o caminho que faz a pressão subir. O complicado é que a hipertensão quase não dá sinal de vida. Por isso dizemos que ela é um mal silencioso, observa Mário Marcondes. Nas raras vezes em que se manifesta, o animal se cansa com facilidade e parece tonto por causa de alterações na visão. No caso de Pongo, a família nada percebeu. Ele sempre foi de brincar e correr pra lá e pra cá, diz Sandra.
Para tornar tudo mais difícil, medir a pressão sangüínea é uma guerra. O bicho se assusta com os equipamentos e isso interfere no resultado, lembra Wagner Luis. E o especialista muitas vezes interpreta que a pressão elevada é algo passageiro, fruto desse medo. Até agora o mais comum é fazer a medição por meio do aparelho convencional, preso por uma faixa de velcro na pata dianteira. É possível, ainda, usar um sensor, o doppler, que, encostado na mesma pata, amplifica o som do sangue em circulação. De um jeito ou de outro, o veterinário precisa repetir os testes.
Mas, agora, uma nova máquina, chamada Pet Map, acaba com isso. Como o próprio nome sugere, ela mapeia a pressão e a freqüência cardíaca com grande precisão. Colocamos o manguito, uma espécie de pulseira, na cauda ou na pata e o animal pode ficar no colo do dono, conta Mário Marcondes. Assim, com o bicho relaxado, o diagnóstico, além de rápido, é mais confiável. Depois de três medições, se a média da pressão sistólica passar de 170 mmHg, é preciso seguir o exemplo de Pongo: dieta balanceada, exercícios e, se for o caso, remédios para conter o problema.
Na maioria dos casos, a pressão alta é secundária, isto é, surge em decorrência de outras doenças, como a insuficiência renal. Qualquer que seja a causa, porém, este trio de cuidados é essencial para manter a pressão no eixos:
1. Sirva uma ração de qualidade, adaptada à faixa etária do bicho.
2. Não permita exagero nos petiscos e ofereça apenas alimentos específicos para pets.
3. No caso do cão, leve-o para se exercitar pelo menos três vezes por semana.
E lembre-se: se a hipertensão não for controlada, pode causar lesões no coração, nos rins e até levar à cegueira.
1. Sirva uma ração de qualidade, adaptada à faixa etária do bicho.
2. Não permita exagero nos petiscos e ofereça apenas alimentos específicos para pets.
3. No caso do cão, leve-o para se exercitar pelo menos três vezes por semana.
E lembre-se: se a hipertensão não for controlada, pode causar lesões no coração, nos rins e até levar à cegueira.
Livre seu cão da leishmaniose
Saiba como evitar que seu amigo seja contaminado pela leishmaniose, doença grave cujo tratamento é proibido pela legislação brasileira
por CLARA CIRINO | design EDER REDDER e LELE GODOY
Aqueles mosquitinhos que costumam rondar bichos e pessoas nas primeiras horas da manhã e no finalzinho do dia têm um nome estranho e são um perigo. São os flebótomos, ou mais precisamente as fêmeas deles, em busca de alimento. Popularmente conhecidos como mosquito-palha ou birigui, esses insetos medem ínfimos 2 milímetros e são transmissores dos protozoários causadores da leishmaniose visceral.
"Com a doença, o cachorro fica desanimado, perde peso, as unhas crescem exageradamente, os gânglios linfáticos incham, o pelo fi ca sem brilho e a pele apresenta ulcerações", explica Adriane Bicalho, professora da Universidade Federal de Minas Gerais. Mas, às vezes, ele nem apresenta os sintomas. "Mesmo assintomático, o cão guarda os protozoários no sangue, transmitindo-os, se picado novamente, a outros animais ou para o homem".
Até o início do século passado, os hospedeiros principais da leishmânia eram animais silvestres, como raposas e roedores. "Com o avanço das cidades sobre as matas, o mosquito-palha passou a picar os cachorros, que se tornaram hospedeiros intermediários no meio urbano", diz a veterinária Carla Bernl, do Hospital Veterinário Pet Care, em São Paulo. Hoje, a Região Nordeste do país é considerada a principal área endêmica da doença, mas em quase todo o território há registro de casos. Por isso, proteger o seu pet é tão importante. "Para afastar os mosquitos transmissores, existe uma coleira repelente, à base da substância deltametrina. O acessório deve ser trocado a cada quatro meses em média para garantir a eficácia", diz Carla.
Mas o melhor jeito de afastar o perigo é vacinar o animal a partir do quarto mês de vida. "A imunização é recomendada para aqueles que estão em áreas de risco, onde a doença está mais disseminada", defende Carla. Ela é feita em três doses, com intervalos de 21 dias entre elas. E o reforço deve ser anual. Depois que o animal é diagnosticado com a doença, pouco se pode fazer. Como não há tratamento comprovadamente eficaz, a legislação brasileira não permite nenhuma medicação e o Ministério da Saúde determina que o cão doente seja entregue aos centros de zoonoses para ser sacrificado, como forma de evitar a propagação do protozoário — que, diga-se, pode transmitir a doença para seres humanos.
"Com a doença, o cachorro fica desanimado, perde peso, as unhas crescem exageradamente, os gânglios linfáticos incham, o pelo fi ca sem brilho e a pele apresenta ulcerações", explica Adriane Bicalho, professora da Universidade Federal de Minas Gerais. Mas, às vezes, ele nem apresenta os sintomas. "Mesmo assintomático, o cão guarda os protozoários no sangue, transmitindo-os, se picado novamente, a outros animais ou para o homem".
Até o início do século passado, os hospedeiros principais da leishmânia eram animais silvestres, como raposas e roedores. "Com o avanço das cidades sobre as matas, o mosquito-palha passou a picar os cachorros, que se tornaram hospedeiros intermediários no meio urbano", diz a veterinária Carla Bernl, do Hospital Veterinário Pet Care, em São Paulo. Hoje, a Região Nordeste do país é considerada a principal área endêmica da doença, mas em quase todo o território há registro de casos. Por isso, proteger o seu pet é tão importante. "Para afastar os mosquitos transmissores, existe uma coleira repelente, à base da substância deltametrina. O acessório deve ser trocado a cada quatro meses em média para garantir a eficácia", diz Carla.
Mas o melhor jeito de afastar o perigo é vacinar o animal a partir do quarto mês de vida. "A imunização é recomendada para aqueles que estão em áreas de risco, onde a doença está mais disseminada", defende Carla. Ela é feita em três doses, com intervalos de 21 dias entre elas. E o reforço deve ser anual. Depois que o animal é diagnosticado com a doença, pouco se pode fazer. Como não há tratamento comprovadamente eficaz, a legislação brasileira não permite nenhuma medicação e o Ministério da Saúde determina que o cão doente seja entregue aos centros de zoonoses para ser sacrificado, como forma de evitar a propagação do protozoário — que, diga-se, pode transmitir a doença para seres humanos.
Gordura extra, perigo à espreita
De tanto comer pãezinhos e outras guloseimas, o labrador Cacau, claro, engordou. "Era impossível resistir à sua cara de pidão", conta a estudante mineira Luisa Fernandes, sua dona. Depois que o veterinário vetou petiscos extras, Cacau só come ração. "Também o levamos para caminhadas toda semana", conta Luisa.Agora que começa a voltar à forma antiga, o bicho até parece mais feliz.
por Regina Pereira | foto Marcelo Paton
Cães gorduchos também eles! são sérios candidatos a ter níveis elevados de colesterol e triglicérides. Cientistas da Universidade de Liege, na Bélgica, analisaram 24 cachorros para chegar a essa conclusão. Metade deles era de obesos e os outros 12, esbeltos. Exames mostraram que a dupla de gorduras nocivas aparecia em quantidade bem maior no time dos fofos. "Essas substâncias estão por trás de problemas como convulsão, paralisia, danos nos olhos e alterações neurológicas", enumera o veterinário Mário Marcondes, da Clínica Sena Madureira, na capital paulista.
LONGE DA OBESIDADE
Para evitar gorduras extras, siga as recomendações do veterinário Mário Marcondes:
Escolha rações indicadas para o tamanho do animal.
Para não exagerar nas porções, siga as instruções que estão na embalagem.
Não ofereça petiscos gordurosos.
Estimule a prática de atividades físicas. Caminhadas e corridas são muito bem-vindas.
Escolha rações indicadas para o tamanho do animal.
Para não exagerar nas porções, siga as instruções que estão na embalagem.
Não ofereça petiscos gordurosos.
Estimule a prática de atividades físicas. Caminhadas e corridas são muito bem-vindas.
Tudo o que você precisa saber sobre otite em cães
De orelhas em pé
É assim que você deve ficar quando seu amigão insistir em balançar a cabeça, esfregar as patas no ouvido ou, ainda, choramingar por qualquer bobagem. Tudo isso pode ser sinal de otite
por ELAINE MORAES
design THIAGO LYRA
foto GETTY IMAGES
Ninguém dá muita bola quando o cachorro coloca a cabeça para fora do carro durante o passeio — afinal, ele parece tão feliz pegando um ventinho... Nem liga muito se, no calor do verão, ele se molha e fica com a pelagem da cabeça úmida — ora, parece estar apenas se refrescando. Mas hábitos assim podem ser o empurrãozinho para a otite, a inflamação de ouvido que, se não for bem tratada, pode levar a uma meningite ou a uma infecção generalizada, dois males capazes de matar.
A ventania nas orelhas costuma levar sujeira para o canal auditivo. Já a umidade favorece a multiplicação de fungos, bactérias e ácaros, que, então, povoam toda a cavidade auricular. "O excesso de banhos no calor também tira a proteção do ouvido do bicho, que é a cera. Ela amolece e escorre, escapando demais. Isso o deixa sensível", explica o veterinário Enio Eduardo Bovino, da Universidade Paulista, a Unip. Limpeza de menos ou feita do jeito errado também não é nada bom. A pior coisa é quando o dono se mete a resolver a situação por conta própria e, sem querer, empurra a cera de vez para dentro. "Só o veterinário sabe como limpar os ouvidos do cão corretamente", diz Bovino. "Esse é mais um motivo para não perder a consulta periódica."
Quando surgem os sintomas da otite, não raro o dono também não liga muito. O cachorro se coça e parece fazer gracinha. Ou chora como se estivesse de manha. É preciso prestar atenção, especialmente quando a raça é mais suscetível ao problema. "Cães com orelhas caídas têm mais tendência a otite por causa da cavidade que fica naturalmente abafada", explica Mário Marcondes, do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo.
O melhor é sempre prevenir. Nesse sentido, proteger as orelhas do cachorro no banho e fechar as janelas do carro na hora do passeio são ótimas medidas. Também escovar a pelagem das orelhas todo dia — para varrer literalmente a sujeira que ficou ali. "Esse hábito, além de ajudar na circulação, arranca os pelos mortos que trazem o mau cheiro", orienta a veterinária Cintya Brillante, da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais. E já sabe: qualquer choramingo ou sinal de coceira são motivos para ir ao veterinário, sim. Se for otite, ele saberá o que fazer conforme a causa da inflamação e livrará seu amigo de consequências nada boas.
A ventania nas orelhas costuma levar sujeira para o canal auditivo. Já a umidade favorece a multiplicação de fungos, bactérias e ácaros, que, então, povoam toda a cavidade auricular. "O excesso de banhos no calor também tira a proteção do ouvido do bicho, que é a cera. Ela amolece e escorre, escapando demais. Isso o deixa sensível", explica o veterinário Enio Eduardo Bovino, da Universidade Paulista, a Unip. Limpeza de menos ou feita do jeito errado também não é nada bom. A pior coisa é quando o dono se mete a resolver a situação por conta própria e, sem querer, empurra a cera de vez para dentro. "Só o veterinário sabe como limpar os ouvidos do cão corretamente", diz Bovino. "Esse é mais um motivo para não perder a consulta periódica."
Quando surgem os sintomas da otite, não raro o dono também não liga muito. O cachorro se coça e parece fazer gracinha. Ou chora como se estivesse de manha. É preciso prestar atenção, especialmente quando a raça é mais suscetível ao problema. "Cães com orelhas caídas têm mais tendência a otite por causa da cavidade que fica naturalmente abafada", explica Mário Marcondes, do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo.
O melhor é sempre prevenir. Nesse sentido, proteger as orelhas do cachorro no banho e fechar as janelas do carro na hora do passeio são ótimas medidas. Também escovar a pelagem das orelhas todo dia — para varrer literalmente a sujeira que ficou ali. "Esse hábito, além de ajudar na circulação, arranca os pelos mortos que trazem o mau cheiro", orienta a veterinária Cintya Brillante, da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais. E já sabe: qualquer choramingo ou sinal de coceira são motivos para ir ao veterinário, sim. Se for otite, ele saberá o que fazer conforme a causa da inflamação e livrará seu amigo de consequências nada boas.
Essas e outras doenças você encontra no livro Guia de Saúde do Pet, à venda na Loja Abril por R$24,90
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