12 fevereiro 2013

Petiscos e brinquedos estreitam laços entre pequenos e pets


Petiscos e brinquedos estreitam laços entre pequenos e pets



Eles são tão fofinhos, brincalhões e cheios de energia que fica difícil não querer tocar, pegar no colo, fazer cafuné. Se o encontro for entre animais domésticos e crianças, então, a tentação fica ainda maior. Em situações que envolvem animais com os quais os pequenos não estão acostumados - como uma visita à casa de parentes ou amigos - o cuidado deve ser redobrado. Com algumas precauções e acompanhamento constante, os momentos com o pet vão ser só diversão.
Antes mesmo de chegar ao local onde está o novo amigo, é preciso deixar claro que ele é um animal - e que, por mais dócil que pareça, pode agir de maneira violenta caso se sinta ameaçado. Essa é a primeira dica do veterinário Mário Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, de São Paulo. "A criança deve estar ciente de que não é possível ter uma previsão de 100% a respeito do comportamento do bicho", diz. É importante apontar as situações que possam assustar ou causar desconforto no pet, como puxar cauda e orelhas, apertar, fazer movimentos bruscos ou importuná-lo enquanto estiver comendo. "O instinto de defesa pode fazê-lo morder", alerta.
O primeiro contato entre uma criança e o pet deve ser feito com cuidado. Nada de soltar o cãozinho no primeiro minuto. Se for o caso, os pais devem avisar aos donos da casa que o filho não está acostumado com animais. Mesmo que que esteja, é importante que, no início, o bicho fique preso. Uma opção é recorrer a grades móveis, que se adequam a diversos locais. "Com essas cerquinhas, a criança e o bicho podem ter contato visual e já irem se acostumando um com o outro, já é possível tocar e fazer carinho, mas há uma proteção", explica. À medida que a relação de amizade vai se criando, é possível estreitar o contato - mas o acompanhamento deve ser constante.
Após a fase da cerquinha, duas pessoas podem fazer as vezes de intermediadoras: uma pega a criança no colo, a outra pega o bichinho. A partir de então, a aproximação começa com toque e carinho. "Oferecer bifinhos ou biscotos especiais pode ajudar a criar uma amizade", recomenda Marcondes. Se a criança se mostrar segura, confortável e ciente, e se o pet estiver tranquilo, é possível permitir um contato mais próximo.
Encontrados em pet shops, os brinquedos para animais domésticos são outra boa forma de estímulo. "A criança vai focar no colorido, que faz barulho, e os dois vão se divertir juntos. É a melhor maneira de evitar brincadeiras desconfortáveis", diz. Até os quatro anos, criança e bicho devem ficar separados. A partir dessa idade, fica mais fácil deixar claro o que é preciso fazer para evitar acidentes. Após os dez anos, brincadeiras sem acompanhamento estão permitidas - mas só depois de uma conversa franca e as devidas instruções.
Caso o bicho se assuste e acabe apresentando algum tipo de comportamento inesperado, é preciso deixar claro por que aquilo aconteceu. Não há motivo para traumas. "O ideal é explicar que pode ter havido alguma reação de defesa ocasionada por dor, por exemplo, mas que não foi por mal", diz. Nessa hora, vale retomar as recomendações passadas anteriormente, que podem ser ainda melhor assimiladas. Uma boa conversa é sempre a melhor opção. 
(Fonte: Terra)

Nenhum comentário:

Postar um comentário